A culpa é da crise financeira internacional, à qual, por mais defendido que esteja, o sector bancário português não escapará incólume, explicou o responsável, num encontro promovido pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).
Esta queda dos lucros deve-se à desaceleração da actividade económica mas também ao facto de 2006 e 2007 terem sido anos excepcionalmente bons para a actividade bancária. «Mesmo com uma quebra de resultados neste ciclo, saímos muito bem na foto se compararmos com as quedas de resultados dos bancos noutros países», disse.
Ricardo Salgado explicou mesmo que, no BES, «só ainda não alterámos os nossos objectivos estratégicos porque, sendo o plano relativo ao período 2006-2010, pensamos que em 2009-2010 as coisas possam melhorar e possamos assim cumprir os objectivos para o período».
A ajudar os bancos nacionais a ultrapassar esta crise estará a internacionalização para países emergentes, nomeadamente os asiáticos e produtores de petróleo, grandes geradores de capital, já que a turbulência está centrada nos EUA e Europa.
Ricardo Salgado reiterou ainda o interesse do BES em crescer em Espanha, admitindo que o banco está atento a oportunidades, mas com prudência.
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