O sistema, conhecido pela palavra inglesa «carpooling», implica a partilha do automóvel entre pessoas que residem próximo e se deslocam para os mesmos sítios.
As quatro câmaras municipais (Barreiro, Lisboa, Loures e Odivelas), que apoiam o site www.carpool.com.pt, têm uma área personalizada para os seus funcionários, permitindo o registo de utilizadores limitado apenas a quem tenha um email da instituição, entre outras funcionalidades.
Para incentivar os colaboradores, as autarquias oferecem estacionamento gratuito nos parques municipais aos «carpoolers». Os Serviços Municipalizados de Transportes Colectivos do Barreiro (SMTCB) e a Fertagus dão aos aderentes a possibilidade de beneficiarem de lugar de estacionamento reservado e acesso privilegiado à estação. No entanto, o reduzido número de interessados impossibilitou a ideia de avançar.
«Em Junho (do ano passado) fizemos um inquérito e apenas 20 pessoas manifestaram interesse. Com tão poucas pessoas é difícil concertar os grupos e não conseguimos fazer», disse à «Lusa» Nuno Ferreira, responsável de divisão nos Transportes Colectivos do Barreiro.
Site com quase 600 utilizadores
No «carpooling», em geral, todos os participantes são proprietários de um automóvel e alternam o seu uso, economizando assim em despesas de viagem, contribuindo para a redução do congestionamento e diminuindo a poluição do ar.
O site «www.carpool.com.pt» tem actualmente 598 utilizadores registados, dos quais 369 têm o perfil e percursos configurados, ou seja estão visíveis no mapa e podem ser contactados pelos outros utilizadores.
Selma Fernandes, uma das responsáveis do site, sustenta que «a questão cultural é a maior barreira à adesão a este tipo de iniciativas», mas admite que «a subida dos preços (dos combustíveis) é uma boa razão para as pessoas ponderarem a sua atitude».
O bom exemplo da Ikea
O IKEA é talvez a primeira empresa em Portugal a pôr em prática um sistema similar. Fonte da empresa adiantou que muitos colaboradores aderiram já esta modalidade que está implícita na política da própria empresa.
Houve mesmo um caso em que «alguns colaboradores juntaram-se e compraram um carro para partilhar o transporte», adiantou a mesma fonte, acrescentando que estão a ser preparadas mais medidas no âmbito da responsabilidade social e ambiental da multinacional sueca.
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