O projecto «Investidor Mais» será apresentado em Lisboa, numa cerimónia que conta com a presença do ministro da Administração Interna e dos presidentes da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Agência Portuguesa para o Investimento (API).

O líder da ANMP, Fernando Ruas, explicou hoje à agência Lusa que a empresa Deloitte & Touche fez «uma análise profunda à realidade das Câmaras».

«Dando a ideia que queremos acompanhar os novos tempos e que os gestores autárquicos são gente que se adapta à realidade, quisemos que nos indicassem etapas a queimar de modo a que os investidores vejam encurtados os prazos ao máximo», afirmou.

O autarca social-democrata, também presidente da Câmara de Viseu, afirmou que a empresa «detectou e apontou os circuitos que podem ser alterados», que vão ser quarta-feira apresentados publicamente.

«Temos como destinatários fundamentais os nossos associados, as câmaras, para copiarem estes procedimentos», referiu.

No entanto, Fernando Ruas defendeu que também a administração central deve tomar medidas legislativas com o mesmo fim, porque «muitos dos atrasos nos processos são a montante da administração local».

Segundo Fernando Ruas, a ANMP e a API fizeram «um trabalho que parece que encurta muitos os prazos», mas há outros aspectos onde não podem intervir.

«Adeqúem a lei a esta realidade de modo a que este esforço do poder local e da API seja também acompanhado com medidas a montante. De que vale estar a encurtar prazos a jusante se a montante eles forem dilatados?», questionou.