E se ao comprar um automóvel novo, a gasolina, decidir de imediato instalar um «kit» para permitir passar a abastecê-lo de gás de petróleo liquefeito (GPL)? Teoricamente, o investimento que o dono do veículo teria de fazer, cerca de mil euros, estará totalmente recuperado ao fim de um ano e pouco, diz o «Jornal de Negócios». Na prática, a realidade pode ser ligeiramente diferente, dado que há ainda importantes obstáculos ao uso do GPL em Portugal.
O presidente da Associação Nacional das Empresas de Comércio e Reparação Automóvel (ANECRA), António Ferreira Nunes, diz que «o GPL é uma alternativa aos combustíveis tradicionais, colocando-se ainda alguns problemas de distribuição». Para este responsável, «cabia aos fabricantes colocar os carros novos no mercado já com tanques de GPL», de forma a dinamizar esta fonte de locomoção.
Nem todos os postos de combustíveis têm GPL. A Galp, por exemplo, tem em Portugal 53 postos que vendem GPL, num total de cerca de mil estações de serviço. Mas a petrolífera nacional é, ela própria, incentivadora desta alternativa e diz até no seu «site» que, «para um automóvel que faça 30 mil quilómetros (km) por ano a um consumo médio de nove litros aos 100, no final de um ano após a instalação do depósito de GPL Auto poupa 1.764 euros, sendo o retorno do investimento (cerca de 1.500 euros) alcançado em aproximadamente 10 meses».
Escreve ainda o «Jornal de Negócios», que o presidente da ANECRA estima que o custo médio de instalar o GPL seja inferior ao previsto pela Galp, situando-se «na casa dos 750 a mil euros». Para António Ferreira Nunes, «por enquanto talvez compense [apostar no GPL]». A expressão de dúvida resulta da constatação de que também o GPL «tem subido de preço».
Portugal
23 mai 2008, 10:14
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