O desemprego é o factor mais influente no incumprimento da amortização de empréstimos bancários para 50 por cento dos portugueses, de acordo com um estudo da Marktest, pedido pela seguradora Genworth Financial.

«Os portugueses reconhecem claramente a sua vulnerabilidade face à possível situação de

Desemprego», afirma o director-geral da Genworth Financial em Portugal, Luís Marques.

Outras preocupações dos Portugueses prendem-se com a subida das taxas de juro (18,9%), a subida da inflação (7,3%) e as situações de baixa por doença (4%). «É de salientar que os níveis de preocupação evidenciados são sempre ligeiramente superiores nos homens do que nas mulheres, e que 17,2% dos inquiridos não têm opinião», adianta a seguradora.

Jovens são os mais preocupados

O estudo revelou que a preocupação com o desemprego e o incumprimento das obrigações de crédito assumidas é maior nos jovens e menor nos adultos. 69,9 % dos jovens dos 18 aos 24 anos dizem estar preocupados, comparativamente com 54,3% do grupo de pessoas dos 45 aos 54 anos.

É na Grande Lisboa que o desemprego se revela no topo das preocupações com 58,2%, tendo o Sul se manifestado com menos relevo com 41,9%. E também de referir que o desemprego preocupa mais as classes A e B¿Alta e Média Alta¿(60,2%) do que a classe C1¿Média (53,5%) ou as C2 e D¿Média Baixa e Baixa (44,4%).

Aumento das taxas de juro menos importante no Porto

A subida das taxas de juro é uma das maiores preocupações daqueles que se encontram na faixa etária dos 25 aos 64 anos. Desta forma, apenas 13,6% dos menores de 25 anos e 12% dos maiores de 64 a consideram como uma preocupação.

Diz ainda a Genworth Financial que esta subida das taxas de juro é mais sentida na região do Interior Norte (25,6%) e Sul (20,4%) em contraposição com o Grande Porto (13%). Os valores podem ser explicados pelo facto do Porto possuir uma grande concentração de classes A e B e menor de classes C2 e D.