Os respectivos contratos foram assinados esta segunda-feira com as associações empresariais, numa conferência que contou o primeiro-ministro, José Sócrates, e com o ministro da Economia, Manuel Pinho. Os 25 projectos conjuntos destas associações centram-se sobretudo nos sectores de equipamentos (14%), habitat (31%), moda (50%) e têxtil.
O primeiro-ministro mostrou-se satisfeito e realçou a celeridade e a selectividade com que foram aprovadas as candidaturas a estes incentivos. «Pela primeira vez, no que diz respeito a apoios comunitários, demorámos 70 dias a aprovar as candidaturas. Queremos manter esta rapidez e que seja uma marca», afirmou Sócrates que sublinhou que antes a média era de 160 dias.
Investimentos vão sobretudo para Europa e BRIC
Quanto ao destino dos investimentos destas empresas é sobretudo para a Europa (59%) e para os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). A maioria das PME é do Norte e Centro do país.
O responsável quis ainda deixar clara a estratégia do Governo para as PME e que estas se insiram na economia global. «Queremos que as empresas saibam que podem contar com o Estado e com o Governo. Portugal precisa de olhar com confiança para o futuro e de aceitar a globalização como um desafio e não há melhor forma do que contar com o Estado», acrescentou. Ainda Manuel Pinho referiu: «As empresas, e em particular as PME, são a coluna vertical da economia portuguesa».
Sócrates vê assim o QREN como uma «alavanca para o desenvolvimento» do país. Estes 15,4 milhões fazem parte de um valor total acordado com Bruxelas de 21 mil milhões de euros em 2005 e que envolvem tanto projectos operacionais como regionais.
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