As famílias portuguesas, que em média pagam uma conta de gás de cerca de 30 euros em cada dois meses, estão à espera de uma redução média de 2,8% deste gasto a partir do próximo mês de Julho, ou seja, de 84 cêntimos. Mas isto não vai acontecer se as facturas passarem de bimestrais a mensais, como está previsto na Lei dos Serviços Públicos Essenciais, diz o «Jornal de Negócios». Aliás, esta alteração prevê um aumento do custo do consumidor que vai precisamente anular a descida que era esperada.

Em causa estão as despesas de correio, impressão, dobragem, envelopagem e cobranças dos bancos, que-à semelhança do que hoje já acontece-vão ser suportadas pelos consumidores finais, através das tarifas pagas às empresas distribuidoras, quase anulando a redução prevista.

Acontece que estes custos, com a mudança de periodicidade das facturas, vão duplicar, passando dos actuais 90 cêntimos reflectidos nas facturas dos consumidores domésticos apenas de dois em dois meses para todos os meses, apurou o mesmo jornal junto de empresas fornecedoras de gás.