O abrandamento, explica o FMI, é motivado «pelo crescimento mais fraco dos países parceiros, pela turbulência nos mercados financeiros internacionais e pelo aumento dos preços das matérias-primas».
Esta perspectiva é das piores entre os vários organismos internacionais. A Comissão Europeia espera que a economia portuguesa cresça 1,7% este ano, depois de ter revisto em baixa a sua estimativa em três décimas. A confirmar-se esta taxa, Portugal acabaria por registar uma expansão em linha com a Zona Euro, já que a Comissão aponta também para um crescimento de 1,7% na área do euro este ano. Para 2009, Bruxelas espera que Portugal cresça 1,6%, uma décima acima da Zona Euro.
Já a OCDE, que também cortou as suas previsões para Portugal em quatro décimas, espera que a nossa economia cresça 1,6% este ano e 1,8% no ano que vem, apontando para uma taxa e crescimento média de 1,6% no período de 2010 a 2014, três décimas abaixo do estimado para a Zona Euro.
Antes, também o Governo desceu a sua previsão de 2,2% até 1,5% para este ano. E esta semana, o Banco de Portugal reviu também em baixa as expectativas para a economia nacional, apontando para uma taxa de 1,2% este ano e de 1,3% no ano que vem.
O FMI alerta ainda que o défice da balança corrente deve aumentar ligeiramente e que a inflação deverá agravar-se ao longo deste ano, ainda que inferior à média esperada para a Zona Euro, graças, em parte, à redução da taxa normal de IVA. Baixar só em 2009.
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