Manuel Pinho comentava, assim, as previsões do Boletim Económico de Verão do Banco de Portugal, esta terça-feira divulgadas, que apontam para um crescimento de 1,2 por cento este ano, face aos 2,0% antecipados em Janeiro pela instituição liderada por Vítor Constâncio.
«O Banco de Portugal prevê uma desaceleração do crescimento em Portugal bastante menor que em vários países europeus que estão à beira de uma recessão», afirmou o ministro, dando os exemplos de Espanha ou Reino Unido.
Reformas permitem reacção
Para o ministro da Economia e da Inovação, o facto de Portugal apresentar este ano um abrandamento económico inferior a outros países «é resultado do que tem sido feito» pelo Governo português.
«O ajustamento orçamental e as reformas (feitas) na hora certa, porque caso contrário havia menos espaço para reagir», sublinhou o ministro.
«Face a um choque tão brutal» da conjuntura externa, «temos um rumo claro: apoiamos as PME (pequenas e médias empresas) e as grandes empresas», destacou Pinho, acrescentando que o Governo irá continuar «a tomar as medidas para apoiar os sectores mais atingidos pela situação internacional».
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