Vitor Constâncio, que falava perante a comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, lembrou que «uma semana antes de o Governo anunciar a descida do IVA eu disse publicamente que não havia margem para descer os impostos. Era uma afirmação genérica, sobre todos os impostos. E continua a parecer-me o mesmo hoje», disse.
E justificou que, tendo em conta as actuais metas de consolidação orçamental, de reduzir o défice estrutural dos 2,6% alcançados no ano passado para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, representam ainda «um longo caminho a percorrer».
Constâncio lembrou que, caso a economia europeia venha a desacelerar mais do que se prevê, é possível que essa meta de médio prazo inscrita no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) venha a ser adiada, o que criará alguma margem a Portugal. Mas, sem que isso aconteça, é necessário manter o caminho de consolidação orçamental e redução do défice.
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