O Fundo Monetário Internacional (FMI), que reviu em forte baixa as perspectivas económicas para Portugal, relativas a 2008 e 2009, elevou também a sua previsão para o nosso défice orçamental do ano que vem.

O Fundo elogia a consolidação das contas públicas prosseguida até agora, e considera que estes resultados foram conseguidos graças ao crescimento da receita acima do previsto e à trajectória descendente imprimida à despesa corrente.

O Governo de José Sócrates recebe ainda o elogio do FMI no trabalho desenvolvido este ano, com a instituição a considerar que as medidas de apoio aos mais desfavorecidos, entretanto aprovadas, são «adequadamente direccionadas» para os mais vulneráveis nesta altura de crise.

Tudo pesado, o FMI prevê que o défice deste ano fique nos 2,2%, tal como o Governo, embora aponte para os 2,4% sem as medidas excepcionais, mas aponta para uma redução nula em 2009: outra vez 2,2%. O valor compara com a anterior previsão de 1,5%.

Mas o FMI aconselha ainda o Executivo a manter-se no mesmo caminho de consolidação orçamental para não comprometer o objectivo de médio prazo. Para já, o Fundo diz que uma consolidação orçamental de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 é compatível com as actuais políticas.