O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, garantiu esta terça-feira que o Governo vai prosseguir a «linha de rumo» traçada para o País, para que Portugal mantenha a «solidez financeira» e consiga enfrentar «intempérie que vem do exterior».

O executivo socialista, disse, citado pela «Lusa», vai continuar «uma linha de rumo» e de «política» que passa pela implementação das «reformas essenciais para o País».

Só assim, disse, será possível a Portugal «manter a solidez financeira que é fundamental» para resistir a «esta intempérie que vem do exterior».

O ministro de Estado e das Finanças falava aos jornalistas na vila alentejana do Crato, Distrito de Portalegre, onde comentou a revisão em baixa das estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a expansão económica global em 2008 e 2009.

Segundo o jornal «Público», o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que, longe dos 4,1 por cento inicialmente previstos, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial vai aumentar apenas 3,9% este ano e abrandar para 3,7% em 2009.

As novas previsões, revela o jornal, constam de uma nota preparada pelo FMI para a reunião do Grupo dos 20 no próximo fim-de-semana, no Rio de Janeiro (Brasil), e os novos valores mostram que a correcção é ainda maior na zona euro.

Aqui, afirma o «Público» citando a «Reuters», o FMI prevê um crescimento de 1,4%, um valor abaixo da anterior estimativa (1,7%), tendo também sido revista a previsão para 2009 (de 1,2 para 0,9%).

Teixeira dos Santos reconheceu que «ninguém fica optimista ou indiferente» perante tais dados. «Sempre tive uma postura realista sobre esses dados. Estamos perante uma situação externa que nos gera dificuldades e que os portugueses sentem no dia-a-dia», admitiu.

Questionado sobre se o crescimento económico do País está dentro das expectativas do Governo, Teixeira dos Santos remeteu uma resposta para quando for apresentada a proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2009.