Esta é uma das soluções apontadas pelo Governante para fazer face à actual falta de incumprimento dos créditos. A intervenção do Estado nesta matéria é, de acordo com Teixeira dos Santos, indesejável. «O Estado ao intervir em vez de ajudar pode vir a agravar ainda mais a solução», referiu aos deputados.
Aliás, segundo o ministro, os bancos estão, numa primeira fase, mais interessados em renegociarem o crédito do que recorrer à hipoteca.
Teixeira dos Santos alertou ainda para a necessidade da análise do risco, tanto da parte das instituições financeiras, como dos consumidores. «Os bancos têm de analisar muito bem os riscos mas quem pede também terá de avaliar esses mesmos riscos», acrescentando ainda que «se dermos sinais de que o Estado cá está para resolver as questões, então estaríamos a subavaliar o risco das operações, pois daríamos a ideia de que o Estado entraria em cena para resolver a falta de cumprimento».
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