Em 2001 apenas 2% dos consumidores o fariam. Os dados são de um estudo da Capgemini intitulado «Cars Online 07/08».

Esta é uma das tendências de alteração de consumo reveladas. A Internet está no topo da lista das fontes de informação dos consumidores quando procuram comprar carro. Cerca de 80% dos inquiridos usam já a Internet, mas a forma como está a ser utilizada está a mudar. «Novas ferramentas on-line como motores de pesquisa, blogs automóveis e fóruns passam a ser fontes de informação essenciais para os compradores de automóveis, que procuram agora sites com a opinião de outros consumidores de forma a obterem uma perspectiva mais objectiva. Dos utilizadores de Internet questionados, 29% referiram os sites consumer-to-consumer (C2C) quando procuravam informação, em comparação com os 21% do ano anterior; enquanto que 78% dos entrevistados utilizam os motores de pesquisa», revela o estudo. Os consumidores estão assim a rejeitar os tradicionais sites de informação automóvel, preferindo os sites dos fabricantes.

Respostas esperadas em menos de quatro horas

Quase se poderia dizer que estes consumidores têm um «novo» perfil. Por um lado, estão a tornar-se mais exigentes: 34% dos europeus e americanos afirmaram esperar uma resposta a uma questão colocada através da Internet no espaço de quatro horas. Se não obtiverem resposta suficientemente rápido, metade dos entrevistados procuraria um novo fornecedor e 25% procuraria um novo fabricante, ou ambos.

Por outro lado, apesar da crescente adesão à Internet, dois terços dos inquiridos afirmaram que uma comunicação personalizada pós-venda de um fornecedor ou fabricante aumentaria a sua propensão a comprar outra vez na mesma empresa.

Consumidores mais verdes

Outra das grandes conclusões deste estudo é que os consumidores estão a ficar «verdes»: mais de um quarto dos consumidores possuem ou têm alugado um automóvel eficiente em termos de combustível, e metade afirmaram planear comprar ou considerar seriamente um automóvel eficiente em termos de combustível. Mas as diferenças no mercado são claras quando se trata do respeito pelo ambiente. Os consumidores europeus, comparativamente aos americanos e chineses, foram os que mais mencionaram o impacto ambiental como factor primário de influência na decisão de compra.

No total, neste estudo, foram entrevistados cerca de 2.600 consumidores de cinco países: China, França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos.