Grande parte da solução, diz o CEO da Galp à margem do XIX World Petroleum Congress, passa pela canalização desse investimento para a recuperação das reservas existentes.
Ferreira de Oliveira falou dos projectos que a Galp tem no Brasil, salientando que a produção de petróleo é esperada nunca antes de 2010 e que, em massa, só em 2014. Sobre esse investimento, o responsável referiu ainda: «Actualmente, no mundo, há muitos recursos económicos e financeiros, como aliás vemos pelo capital que está disponível para os jogos especulativos no sector. Temos é que pegar nesse dinheiro e, em vez de o termos a circular de uma forma não produtiva, deslocá-lo para os investimentos produtivos do sector, para que o preço do petróleo possa baixar e para que os nossos consumidores se sintam um bocadinho melhor».
Também questionado pelo «Diário Económico» sobre o percurso do preço do petróleo, Ferreira de Oliveira respondeu que «nenhum profissional pode fazer previsões sobre o futuro do preço do petróleo».
«O que podemos ter são opiniões, mais ou menos intuitivas. O que podemos estudar são os fundamentos e, nesse sentido, não há qualquer razão lógica que contrarie esta percepção de que vai haver uma redução acentuada dos preços do petróleo», adiantou.
Para além dos custos de produção, o responsável diz que há outros factores que determinam os preços. «Vamos esperar que esses factores tenham cada vez menos importância e sejam os fundamentais a determinar o preço do crude. Se assim for, tem de cair», acrescenta.
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