«Precisamos de iniciativa e de mais capacidade para conviver com o risco», disse Teixeira dos Santos durante o almoço promovido esta quarta-feira pela Câmara de Comércio Americana em Portugal.
O governante fez um retrato sobre o futuro do País, assumiu a incerteza que dominam os mercados internacionais e admitiu que o abrandamento previsto possa vir a afectar as exportações.
«Com as previsões de abrandamento, mais acentuado nos Estados Unidos e mais ligeiro na Europa, e sendo Portugal uma pequena economia aberta, esta alteração da conjuntura poderá afectar as nossas exportações», disse. No entanto, Teixeira dos Santos lembra que as exportações dependem também da capacidade dos agentes ganharem quota de mercado e explorarem novos espaços geográficos de comércio.
«Apesar das condições não terem sido muito benéficas, houve um impulso que foi dado pelo sector privado da nossa economia», acrescentou.
Sobre a incerteza da conjuntura internacional, Teixeira dos Santos disse ainda recusar colocar-se na posição de alguém que faz vaticínios sobre a economia portuguesa, sem agir: «Mais do que esperar para ver o que acontece, é preciso agir», realçou.
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