Os números das vendas do sector automóvel nos EUA caíram 37 por cento em Novembro, atingindo o seu pior resultado nos últimos 26 anos, alimentando as expectativas de que os baixos níveis da procura atingiram o seu mínimo.

«A nossa indústria encontra-se numa situação muito mais severa de que o resto da economia», afirmou Mike DiGiovanni, o director-geral para o mercado global e análise da indústria, acrescentando que, a continuarem a registar-se estes resultados, «toda a indústria se vai afundar», avança a «Lusa».

Em Novembro, foram vendidos 746.789 veículos de acordo com a empresa de análise Autodata Corp., com as fabricantes a reportarem um número anual de vendas de 10,2 milhões de unidades, o mais baixo nível desde Outubro de 1982.

Analistas e fabricantes apontam o mau estado da economia dos EUA, a diminuição do acesso ao crédito automóvel e as reticências dos consumidores em comprar novos carros, com as suas preocupações a virarem-se para a manutenção das suas casas e dos seus empregos.

As três maiores empresas do sector automóvel norte-americano (General Motors, Ford e Chrysler)que apresentam no Congresso dos EUA os seus planos de reestruturação, na esperança de obterem apoios financeiros do Governo, foram dos mais afectados na queda das vendas.

As vendas da General Motors caíram 41 por cento, na Ford caíram 30 por cento e na Chrysler 47 por cento, com as suas principais rivais estrangeiras a registarem também resultados muito negativos: as vendas da Toyota caíram 34 por cento, as da Nissan 42 por cento e da Honda 32 por cento.

As três principais empresas do sector automóvel dos EUA pedem apoios ao Governo norte-americano que atingem cerca de 27 mil milhões de euros (34 mil milhões dólares): 14 mil milhões de euros (18 mil milhões de dólares) para a General Motors (GM), 7 mil milhões de euros (9 mil milhões de dólares) para a Ford e 5 mil milhões de euros (7 mil milhões de dólares) para a Chrysler.