O Boavista pediu esta quarta-feira «uma reunião com carácter de urgência» com o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, por causa da rejeição do plano que tinha apresentado para regularizar as suas dívidas ao Fisco e à Segurança Social.
Fonte do clube disse à agência «Lusa» que os responsáveis boavisteiros pretendem lembrar que o que está em causa é a sobrevivência de «uma instituição com 105 anos», feitos no dia 1 deste mês.
O Boavista viu rejeitado pelos principais credores, Fisco e Segurança Social, o novo Plano Extrajudicial de Conciliação (PEC) que requereu junto do Instituto de Apoio às Pequenas e Medias Empresas e à Inovação (IAPMEI), no dia 31 de Julho.
O IAPMEI enviou terça-feira ao clube portuense uma notificação explicando que o Fisco e a Segurança Social «entendem não estarem reunidas as condições necessárias à aprovação de um novo PEC, pelo que se irá proceder à extinção do mesmo».
O mesmo instituto informa ainda que os credores admitem negociar um novo acordo. Para tal, contudo, o Boavista tem de apresentar primeiro «um novo requerimento acompanhado de um plano financeiro melhor fundamentado, bem como as respectivas garantias necessárias e legais».
Os credores apontam dois motivos para esta posição: «um historial de incumprimento do anterior plano prestacional de um outro acordo oportunamente celebrado» e «o continuado incumprimento» das obrigações fiscais correntes, por parte da SAD axadrezada.
Culpa da anterior administração
O Boavista, que acumulou uma dívida de 15 milhões de euros às duas entidades, respondeu esta quarta-feira ao IAPMEI através de um «fax» e desde logo refere que os incumprimentos apontados são «actos de gestão do anterior Conselho de Administração».
O anterior plano, acordado ainda no tempo em que João Loureiro presidia ao Boavista, previa o pagamento faseado de 6,5 milhões de euros, só de dívidas ao Fisco, valor que entretanto aumentou para cerca de 11,8 milhões e que faz do clube do Porto um dos maiores devedores do país.
A actual administração, liderada por Álvaro Braga Júnior, argumenta que «nada tem a ver» com a anterior e «apenas está a tentar solucionar um problema que herdou».
Motivos suficientes para exprimir a sua «dificuldade em entender» a posição que os credores acabam de manifestar.
Portugal
13 ago 2008, 18:43
Boavista pediu «reunião urgente» com ministro das Finanças
Em causa está rejeição do plano para regularizar dívidas
Em causa está rejeição do plano para regularizar dívidas
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