O AvePark (Parque de Ciência e Tecnologia de Guimarães)que o primeiro-ministro inaugura sábado, tem já garantida a instalação de 27 empresas que vão criar, ainda este ano, 600 postos de trabalho, disse esta segunda-feira à «Lusa» fonte do organismo.

O vice-reitor da Universidade do Minho, José Mota, que preside ao Conselho de Administração do Avepark, anunciou que estão em curso negociações com várias outras empresas tecnológicas que aumentarão para 1.200 o número de pessoas que ali trabalharão no final de 2010.

O responsável frisou que o AvePark ultrapassou a meta prevista para 2008, já que se previa que fossem criados apenas 300 empregos no primeiro ano de actividade. Acrescentando ainda que, ainda este ano, arranca o Instituto Europeu de Medicina Regenerativa de Tecidos que, a prazo, terá 200 investigadores nacionais e estrangeiros ao seu serviço.

Dentre as empresas já sedeadas no Avepark estão 25 «spin-off¿s» da Universidade do Minho (UM), uma delas de grande relevância económica e científica, a 3B¿s, que faz investigação aplicada na área da Medicina de Tecidos, em sintonia com o trabalho do Instituto Europeu de Medicina Regenerativa.

Interesse espanhol

José Mota referiu ainda que há interesse de instituições e empresas galegas em instalar-se no Avepark, nomeadamente porque a região ainda tem acesso a apoios comunitários.

Para José Mota, dadas as estruturas que acolhe, acessibilidades, fibra óptica, universidades e estruturas de investigação e acesso a fundos comunitários, o Minho «é a melhor região do país para se investir».

O Avepark, que terá uma ligação por via rápida à auto-estrada para o Porto e Braga, foi projectado para acolher, no prazo de 10 anos, 200 empresas tecnológicas.

A instalação das empresas permitirá a criação de quatro mil empregos qualificados, entre cientistas e investigadores, que assim se fixarão na região do Minho.

Subsídio do Governo

O AvePark, que recebeu um subsídio governamental de 3,2 milhões de euros, é uma sociedade constituída pela Câmara de Guimarães, com 51 por cento do capital, pela Universidade do Minho, a Associação Industrial do Minho e a Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (com 15 por cento, cada) e pela Associação Industrial e Comercial de Guimarães, com quatro por cento.

O investimento total em infraestruturas e no chamado edifício central atinge os 10 milhões de euros, verba a que haverá que somar o valor dos terrenos doados pela Câmara de Guimarães.

A estrutura, sedeada nas Caldas das Taipas, será inaugurada sábado pelo primeiro-ministro, José Sócrates e pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago.