A administração da empresa comunicou a paragem, que vai acontecer de 28 de Março a 13 de Abril, através de um mail, enviado cerca das 11h00 aos funcionários, mas Bruno Maia garantiu que «já temia algo assim».
«Apercebemo-nos deste possível cenário, ontem à noite, quando chegamos ao trabalho e fomos confrontados com a inexistência de lotes em aramzém e em trânsito», ou seja, falta de matéria-prima.
Os funcionários da unidade de Vila do Conde sabem que a produção em Dresden está «quase parada», sendo que no dia «1 de Abril, param oficialmente», contou à Lusa.
Em relação ao sentimento que se vive na unidade portuguesa, Bruno Maia explicou que as pessoas estão «apreensivas e com medo que a fábrica não volte mesmo a abrir portas, depois do dia 13 de Abril», deixando mais de um milhar de pessoas no desemprego.
Qimonda suspende produção
Bruno Maia trabalha na Qimonda há cerca de 10 anos e nunca pensou viver uma situação como esta, tanto mais que este era um «projecto consistente e considerado exemplar, a nível mundial».
Sobre o futuro, espera que «exista um grande esforço por parte dos governos português e alemão e ainda da União Europeia para salvar a grupo Qimonda», frisou.
Caso isso não seja possível, prosseguiu, aguarda «que se encontre uma solução para a unidade de Vila do Conde».
«É preciso que que as propostas governamentais não sejam, apenas, boas e meras intenções e que se encontre uma solução rápida e eficiente».
Bruno Maia defendeu ainda que o Governo «deve ouvir todos os investidores interessados neste projecto, para se delinearem estratégias», sendo que a «revitalização da Qimonda poderá passar por uma reestruturação, o que poderá deixar algumas pessoas no desemprego».
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