«Não é bonito recorrer aos impostos dos portugueses para fazer baixar os preços dos combustíveis», disse o chefe do Executivo no debate quinzenal que decorreu esta quarta-feira, no Parlamento, cujo tema foi a economia.
José Sócrates referiu igualmente que o peso da fiscalidade no preço dos combustíveis é de 60 por cento, sendo que em 2003 era de 69%.
O primeiro-ministro lembrou que o Governo pediu com carácter de urgência à Autoridade da Concorrência e agora está a aguardar as suas conclusões.
Governo vai agir «rápido»
«Temos uma AdC que temos de respeitar. Estamos à espera», disse o chefe do Executivo sobre o referido documento que vai analisar a formação de preços dos combustíveis.
«O senhor ministro da Economia (Manuel Pinho) já disse tudo o que devia dizer. Vai ser rápido», sintetizou José Sócrates.
O primeiro-ministro justificou a preocupação do Governo com a recente escalada do preço dos combustíveis através do avanço da medida do congelamento dos passes sociais até ao fim do ano, anunciada neste debate: «O congelamento dos passes sociais é aquilo que honestamente o Estado deve fazer para beneficiar os que mais necessitados e os que preferem utilizar os transportes públicos», disse.
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