O Banco Central Europeu (BCE), que decidiu esta quinta-feira manter a taxa de juro de referência nos 4,25%, reviu também as suas projecções macroeconómicas.

No que se refere à inflação, a instituição subiu as previsões numa décima para este ano, de 3,5 para 3,6%, e em duas décimas para o ano que vem, de 2,4 para 2,6%.

Simultaneamente, as previsões para o crescimento económico foram também revistas, mas em baixa. O BCE aponta agora para uma expansão económica de 1,4% para a Zona Euro neste ano, em vez dos anteriores 1,8%, anunciou o presidente da entidade, Jean-Claude Trichet, em conferência de imprensa.

Já para o ano que vem, o BCE espera um crescimento de 1,7%, uma revisão em alta de duas décimas face à sua previsão anterior, avançada em Junho.

Sobre o futuro, Trichet avançou ainda que o Conselho de governadores do BCE vê alguma incerteza sobre o crescimento da economia e disse que os riscos inflacionistas continuam em alta, com a renovação das pressões nos produtos alimentares e da energia.

Mais uma vez, o banco reiterou estar disposto a actuar no sentido de controlar a inflação no médio e longo prazo.