A Federação Nacional de Professores (Fenprof) estima que possam ser entre 35 mil e 40 mil os docentes sem colocação este ano, tendo agendado acções de protesto para segunda-feira, dia em que mais professores «entram para o desemprego».

A Fenprof lançou hoje, quando está prevista a divulgação das listas de colocação de professores contratados, um comunicado a alertar para a «inaceitável dimensão do desemprego docente» e «crescente precariedade» no sector, avança a «Lusa».

João Louceiro, coordenador nacional da Fenprof, sublinhou que «1 de Setembro é a data em que um maior número de professores entra, em simultâneo, na situação de desemprego», garantindo que a maioria dos docentes sem colocação este ano já exercia funções no ano passado.

Além dos desempregados, João Louceiro denunciou ainda a situação dos «milhares de colegas a trabalhar em precariedade absoluta». «Existem cerca de 15 mil professores que foram chamados para desenvolver o projecto de actividades de enriquecimento curricular do primeiro ciclo. A grande maioria dos professores destacados para este programa, que era uma bandeira política do Governo, está a exercer essas funções a recibos verdes, como sendo prestadores de serviços», criticou.