A bolsa em Lisboa fechou a semana a perder 0,92 por cento para 10.169,20 pontos, com a maioria dos títulos no vermelho e acompanhando a tendência das restantes praças europeias.

A penalizar a sessão esteve o BPI que registou as maiores perdas ao cair 2,10% para 3,25 euros por acção.

Nas telecomunicações, a Zon Multimédia derrapou 1,80% para 7,09 euros. Também a PT caiu 1,81% para 7,58 euros. O presidente da operadora, Henrique Granadeiro, em entrevista ao «Diário de Notícias», garantiu que seria impossível uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Sonaecom sobre a sua empresa nos tempos que correm.

Na energia, a EDP caiu 1,73% para 3,68 euros. Já a Galp Energia derrapou 0,65% para 15,15 euros. A petrolífera portuguesa revelou que vai investir 2 milhões de euros para produzir biocombustível a partir de microalgas.

Cartão vermelho ainda para a Brisa que derrapou 0,64% para 9,20 euros. A concessionária vai concorrer ao projecto português de alta velocidade (TGV) num consórcio com a Soares da Costa.

Por outro lado, a Lisbon Brokers subiu a recomendação da Brisa para forte compra, com o preço-alvo de 11,2 euros a apontar para um potencial de valorização de 20,4%.

Banco de Santos Ferreira fechou em alta

A contrariar as perdas esteve a Teixeira Duarte que ganhou 0,57% para 1,76 euros. Isto depois da construtora ter revelado que vai entrar no negócio da exploração de petróleo este ano. A Teixeira Duarte vai começar por explorar 17 poços de petróleo no Brasil, o que irá garantir reservas de 20 milhões de barris.

Destaque ainda para a Portucel que ganhou 1,46% para 2,08 euros. A papeleira aprovou ontem, em Assembleia-geral (AG), a distribuição de um dividendo adicional de três cêntimos e meio por acção.

Fora do PSI20 destaque também para a Reditus que fechou inalterada nos 8,50 euros. Os accionistas propuseram o nome de Miguel Pais do Amaral para «chairman» da empresa.

As congéneres europeias também se ressentiram face aos novos sinais de uma provável crise do crédito e encerraram a perder: o FTSE desvalorizou 1,07%, o CAC 0,82%, o DAX 0,75% e o IBEX 0,40%.

Recorde-se que esta quinta-feira o colapso do fundo da Carlyle afundou as bolsas europeias.

Os receios ainda não foram ultrapassados e os mercados accionistas voltaram a viver um dia turbulento, no rescaldo das notícias alarmistas vindas do mercado de crédito.

Apesar de terem aberto positivos, nos Estados Unidos, os futuros seguem em terreno negativo: o Dow Jones cai 1,48% e o Nasdaq desce 1,93%. As sessões estão a ser penalizadas pela falta de liquidez do banco norte-americano Bear Stearns que pediu financiamento urgente.

Perante este cenário, a Reserva Federal norte-americana (Fed) e a JP Morgan já garantiram ajuda.