Os sinais de crise financeira, nomeadamente no que diz respeito à alta do preço do petróleo, de bens alimentares e outras matérias-primas, têm de ser incorporados pelos líderes e servirem de desafio ao nível dos recursos humanos das empresas.

Foi com esta ideia que o presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), Jorge Rocha de Matos, abriu o Link-Fórum Capital Humano 2008, que decorre até sexta-feira no Centro de Congressos de Lisboa.

«É esta a realidade com que vamos ter que passar a conviver. Significa que há aqui um novo desafio para a liderança e gestão e, particularmente, para os recursos humanos», disse o responsável, referindo à crise financeira, sobretudo decorrente do crédito imobiliário de alto risco.

Internet está a reformular a forma de trabalhar

Rocha de Matos lembrou igualmente que o capital humano deve ocupar o primeiro plano da vida das empresas, quando «as novas exigências da economia do conhecimento e do reforço da cadeia de valor das empresas assim o obriga».

O presidente da AIP considera igualmente que é preciso repensar o lugar das hierarquias e das regras organizacionais, em tempo de mudança: «Na base estão estruturas organizacionais tendencialmente mais planas e, por sua vez, mais compatíveis com as exigências de maior adaptabilidade e flexibilidade», sublinhou.

Como exemplo determinante para o capital humano, Jorge Rocha de Matos referiu a Internet «que está a reformular quase todos os aspectos da nossa forma de trabalhar» e que permite uma «maior participação na inovação, criação de riqueza e desenvolvimento social».