Até Novembro, houve mais 15.244 desempregados de longa duração que desistiram de encontrar emprego e saíram do activo, pedindo o acesso à pensão de velhice antecipada.
«São trabalhadores que o mercado não absorve», comenta Carlos Pereira da Silva, professor do ISEG. «Em princípio, serão pessoas que começaram a trabalhar cedo, têm baixas qualificações e não conseguem reentrar no mercado de trabalho», acrescenta o economista.
Analisando a evolução dos pensionistas com reforma antecipada, verifica-se que o número de trabalhadores que entram neste regime vindos de uma situação de desemprego prolongado continua a aumentar, apesar de o número total de reformados, com menos de 65 anos, estar a cair desde o início deste ano. Ou seja, embora em termos líquidos haja cerca de quatro mil pensionistas a menos em situação de reforma antecipada (seja porque ultrapassaram os 65 anos, seja por morte), entre Janeiro e Novembro deste ano há mais 3.770 pensionistas que entraram neste regime vindos de uma situação de desemprego.
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