«A Qimonda acabou e não vale a pena sonhar que alguém a vai comprar; ninguém a quererá na actual conjuntura», começa a carta enviada pelo presidente da Associação das PME-Portugal, João Rocha Cunha, a várias individualidades.
Segundo o mesmo documento, o que era proposto para a Lear, e que não foi tido em linha de conta, era transformar aquela unidade produtiva, numa incubadora de empresas, «onde se apoiassem os seus mais capazes empreendedores a criar emprego e levar por arrasto os colegas». Assim, a solução em causa «torna-se ainda mais realista e actual» na Qimonda.
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«Antes do seu encerramento eminente, e de se prometer o salvamento impossível, porque não concentrarmo-nos numa solução de valor acrescentado nacional para a Qimonda, de aposta nos seus activos?», questiona na mesma missiva.
PME Portugal com «solução testada»
A nova Qimonda poderá, de acordo com esta proposta, ser um centro de negócios e uma incubadora tecnológica internacional, onde se gerariam muitos spin-offs da «actual moribunda Qimonda».
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«A nova Qimonda é possível», diz o documento, adiantando que «seria magnífica a explosão de potencial empreendedor, da mais-valia nacional gerada localmente; com formação e com subsídio de desemprego, entretanto seriam encontradas no mercado novas soluções para as restantes pessoas».
A associação refere que nova entidade a sair da velha Qimonda é possível com 10 por cento ou 20% do valor que se anuncia para lá injectar. A PME Portugal «tem a solução testada, boas práticas e também sucessos, ainda que não mediatizados», conclui.
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