«Os sectores das pensões e saúde constituem os grandes desafios à sustentabilidade das finanças públicas a longo prazo», afirmou na conferência internacional «Portugal/União Europeia Novas perspectivas económicas», realizada esta terça-feira, na Faculdade de Direito de Lisboa.
Para Teodora Cardoso, Portugal podia aprender com o modelo americano, em que os gastos com a saúde e pensões passassem a ser feitos pelo sector privado.
«Contudo, é também proposto que o Estado continue a assumir estes encargos. Tal significaria que a única vantagem sustentável dessa alternativa seria a que resultasse de eventuais ganhos de eficiência. A experiência americana comprova que o sistema privado seja mais eficiente», acrescentou.
Sistema deve ser antes de mais eficiente
Aliás, de acordo com a mesma, mais importante que decidir se o sistema deveria ser privado ou público é que seja eficiente.
No entanto, para a economista, não se pode dissociar o sistema da produtividade do país e este, por sua vez, da procura.
Por seu lado, o também economista, João Ferreira do Amaral, comentou que, para que a economia funcione de forma sustentável, é preciso aumentar a produtividade sem aumentar o desemprego».
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