Mais de uma centena de reboques de todo o país estão concentrados em São Marcos da Serra em protesto contras as «más condições contratuais com as seguradoras», sendo aguardada a chegada de mais veículos idos do Norte do país.

A concentração, seis quilómetros a sul de São Marcos, visa demonstrar a solidariedade dos empresários do país aos seus colegas do Algarve e Alentejo, parados desde segunda-feira, altura em que se iniciou o protesto dos camionistas.

Os organizadores contam com uma participação neste protesto de cerca de 200 empresas, mais de metade das 350 que operam com companhias de seguros em todo o país.

A caravana formou-se na Marateca à hora do almoço com algumas dezenas de reboques e veículos particulares de várias regiões e engrossou em Ourique, com veículos do Alentejo.

Desconhece-se ainda se as várias centenas de empresários e trabalhadores presentes participarão ou não num plenário, cuja realização não está confirmada.

Os rebocadores exigem a actualização das tabelas pagas pelas seguradoras, o que alegadamente não ocorre há dez anos.

Actualmente, as companhias de seguros (menos de uma dezena) pagam entre 33 e 36 cêntimos às empresas de pronto-socorro, mas os empresários exigem 48 cêntimos por quilómetro.

«Partimos de uma base de trabalho muito sensata pata a negociação», disse aos jornalistas o presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAM), Teixeira Lopes.

Até agora, só uma empresa seguradora mostrou disponibilidade para negociar com base na proposta dos empresários, mas a ARAM deu um prazo até dia 20, sexta-feira, para que as restantes companhias de seguros se disponham a sentar-se à mesa das negociações.