Oitenta e um minutos. Foi o tempo que o Everton conseguiu suster o Manchester City que, depois da derrota diante do Tottenham, sofreu a bom sofrer para voltar às vitórias na Premier League. Foi Bernardo Silva que acabou por desembrulhar o jogo com o cruzamento que permitiu a Foden quebrar a resistência dos Toffees.

Pep Guardiola voltou a apostar num onze com três portugueses – Ruben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva – que entraram em campo com camisolas que tinham a bandeira da Ucrânia à frente a frase «não há guerra» nas costas. Pela frente, um Everton aguerrido, disponível para jogar o jogo pelo jogo. O City só conseguiu a primeira oportunidade, aos 29 minutos, num remate de De Bruyne, mas logo a seguir Allan também esteve perto de abrir o marcador para a equipa da casa.

O intervalo chegou a voar, num jogo em que o Everton conseguiu amarrar o City, com intensidade e grande pressão sobre a bola. A verdade é que a equipa de Liverpool entrou ainda melhor no segundo tempo e Richarlison esteve perto de bater Ederson logo a abrir. No entanto, com o passar dos minutos, a equipa de Guardiola começou a montar o cerco à baliza de Jordan Pickford e, a nove minutos dos noventa, acabou mesmo por chegar ao golo.

Cruzamento de Bernardo Silva da esquerda, a bola sofre um desvio nas pernas de um defesa e chega aos pés de Phil Foden que atirou a contar. Grande festa dos citizens, para logo a seguir sofrerem um calafrio. Rodrigo parece cortar uma bola com o braço, na área de Ederson, mas o árbitro, depois de consultar o VAR, acabou por marcar fora de jogo, para desespero dos jogadores do Everton que reclamavam penálti.

O jogo seguiu ainda tenso para lá dos noventa minutos, mas o City acabou por arrecadar três preciosos pontos que lhe permitem recuperar a vantagem de seis pontos sobre o Liverpool que conta ainda com um jogo em atraso.