Thomas Tuchel veio a público defender o regresso das cinco substituições na Premier League, defendendo que é urgente aliviar a carga física sobre os jogadores, numa altura em que o calendário aperta e os casos de covid-19 multiplicam-se nos clubes. O treinador do Chelsea junta-se, assim, aos apelos já feitos pelos treinadores do Manchester United e do Manchester City.

O alargamento de três para cinco substituições foi permitido no auge da pandemia, em 2020, mas, ao contrário da maioria das ligas europeias, foi revertido na Premier League no arranque da presente temporada. «Nesta altura gostaria de voltar a ter a oportunidade de ter cinco substituições porque as cinco substituições foram permitidas para proteger os jogadores quando o Covid-10 explodiu e tornou a vida mais difícil», destacou o treinador alemão.

Numa altura em que os surtos de covid-19 voltam a crescer de forma descontrolada em Inglaterra, Tuchel defende que é urgente voltar a aumentar o número de substituições possíveis no decorrer de um jogo. «Penso que a situação é muito séria e é um grande desafio, portanto se decidimos que vamos continuar a jogar, pelo menos devíamos ter cinco substituições para podermos controlar as cargas sobre os jogadores», acrescentou.

O jogo do Chelsea com o Wolverhampton foi adiado na semana passada, numa altura em que o Chelsea já tinha alguns casos no plantel. Romelu Lukaku e Callum Hudson-Odoi, dois dos jogadores afetados, já devem estar disponíveis para o jogo com o Aston Villa deste domingo. «Estamos na mesma situação de toda a gente. Temos sempre preocupações porque não somos apenas jogadores e treinadores de futebol, também somos pais e temos família, portanto estamos preocupados, temos dúvidas e receios», destacou.

Um apelo que também já tinha sido defendido pelo compatriota Ralf Rangnick, treinador do Manchester United. «As cinco substituições foram implementadas quando a covid-19 começou, penso que foi a opção certa para pouparmos a energia dos jogadores, sobretudo daqueles que recuperaram de covid», destacou o técnico do United na antevisão do jogo com o Newcastle, defendendo também o regresso do aumento das substituições.

Pep Guardiola, do Manchester City, também já tinha colocado a mesma questão. «Este é o único país que não aceita cinco substituições, apenas três, porquê? Queremos proteger os jogadores. É muito melhor tendo em conta o número de jogos, mas a Premier League e os clubes decidiram que não», referiu o técnico catalão que chegou mesmo a sugerir uma «greve» de jogadores para chamar a atenção sobre o problema.