Imparável! De manita em manita, o Barcelona segue o trajecto triunfal e atemoriza os adversários. Na recepção ao Shakhtar Donnetsk, em jogo dos quartos-de-final da Liga dos Campeões, a formação catalã impôs mais uma vitória de mão-cheia e pela décima vez na época marcou cinco ou mais golos.

Uma dessas vezes foi sobre o Real Madrid, que tudo indica voltará a Camp Nou. É que o sorteio já agendou que os dois podem encontrar-se nas meias-finais, sendo que ambos partem para a segunda-mão com quatro golos de vantagem. Há uma final antecipada em perspectiva. Prepara-te, Mourinho!

Os números da formação de Guardiola são verdadeiramente impressionantes: marcou esta quarta-feira o 128º golo, em 48 jogos, o que dá uma média de 2,6 golos por jogo. Pelo caminho arrumou a eliminatória. Os ucranianos teriam de vencer por 4-0 em casa, o que parece bastante improvável.

Apesar da óbvia superioridade do Barcelona, que foi obrigado a adaptar outra vez Busquets ao centro da defesa e cometeu alguma falhas por isso, não foi uma noite tão tranquila como o resultado pode induzir. Marcou muito cedo, é verdade, logo aos dois minutos por intermédio de Iniesta.

Mas depois, e mesmo jogando em claro contra-ataque, com praticamente toda a equipa atrás da linha da bola, o Shakthar teve três ocasiões de golo. Luiz Adriano, por exemplo, falhou o desvio na cara de Valdés. O experiente Lucescu, no banco, não evitou um quase ataque de fúria perante o desperdício.

Sobretudo porque já devia adivinhar que a resposta do Barcelona ia ser dura. Foi-o mesmo. Messi, por duas vezes, ficou a centímetros do golo: atirou ao lado e falhou o chapéu a Pyatov por centímetros. Depois marcou: grande, enorme, passe de Iniesta, e golo de Dani Alves na cara do guarda-redes.

O resultado, ao intervalo, era escasso para as duas equipas. Tinha havido ocasiões para mais golos. A segunda parte foi mais generosa. Houve, por exemplo, três golos em cinco minutos. Piqué marcou primeiro, Rakitskiy reduziu e Keita fez o quarto do Barça logo no minuto a seguir. Parecia tudo calmo.

Depois vieram as substituições, Iniesta rematou por cima da baliza e Messi marcou em fora-de-jogo, quando Pedro podia ter ele próprio feito golo (e em posição legal). Pelo meio o Shakhtar voltou a ameaçar: Luiz Adriano atirou ao ferro uma bola que colocaria novamente muito em aberto. Não teve sorte.

Ora, outra vez, o Barcelona não perdoou. Já perto do fim, Xavi fez o quinto golo e arrumou a eliminatória. O Shakhtar mostrou que sabe jogar à bola e teve ocasiões para marcar, mas o jogo serviu sobretudo para provar a força do Barça. Em casa é imparável: na posse de bola, no futebol e nos golos.

Ficha de jogo:

BARCELONA: Valdés; Dani Alves, Busquets, Piqué e Adriano (Maxwell, 76m); Mascherano, Xavi e Keita; Messi, Villa (Pedro Rodriguez, 69m) e Iniesta.

SHAKTHAR: Pyatov; Srna, Ishchenko, Rakitskiy e Rat; Mkhitaryan e Hübschman (Eduardo, 82m); Douglas Costa, Jadson (Fernandinho, 69m) e William (Alex Teixeira, 74m); Luiz Adriano.

Golos: Iniesta (2m), Dani Alves (33m), Piqué (55m), Rakitskiy (59m), Keita (60m) e Xavi (87m).