As coisas não estão bem no Marítimo e nem o presidente escapa ao desnorte que afecta a equipa. Na manhã desta terça-feira, Carlos Pereira terá agredido um jornalista do Diário de Notícias da Madeira, que acompanhava os trabalhos do plantel às ordens de Pedro Martins, facto que o clube desmentiria ao final do dia.

Ao Maisfutebol, o editor de desporto do periódico explicou tudo o que se passou com o jornalista Marco Freitas. «O presidente do Marítimo nem perguntou nada ao meu colega. Apareceu pelas costas, deu-lhe um murro na cabeça e arranhou-o no pescoço», descreve Edmar Fernandes.

«É uma situação lamentável e nada justifica este acto. O Marítimo cortou relações connosco porque não temos medo de dizer as coisas como elas são.»

Edmar Fernandes conta que o seu jornal tem sido impedido de receber a credenciação para os jogos do Marítimo em casa e que, por isso, os jornalistas do DN são forçados a ver os jogos na bancada. Ironicamente, foi esta limitação a espoletar indirectamente as agressões de Carlos Pereira.

«O Marco Freitas estava no meio dos sócios durante o jogo com a Naval e aproveitou para fazer reportagem, além da crónica. A equipa joga mal, os adeptos não gostam e culpam o Carlos Pereira. Foi exactamente essas reacções que reproduzimos e que, por sinal, incomodaram o presidente do Marítimo.»

O jornalista Marco Freitas foi atendido no Hospital Nélio Mendonça e apresentou queixa na Polícia.

O Maisfutebol contactou várias vezes o presidente do Marítimo, mas até agora o dirigente não se mostrou disponível para comentar o ocorrido.

Já à noite, o Marítimo reagiu através de comunicado publicado no site, no qual nega que o jornalista «tenha sido objecto de agressão física perpetrada pelo presidente Carlos Pereira», pelo que «irá accionar civil e criminalmente os responsáveis».