O Paris Saint-Germain é uma equipa de topo do futebol mundial. Esta é a terceira época da sua construção e os parisienses têm gasto milhões nos melhores jogadores que o dinheiro pode comprar. Não é fácil, portanto, encontrar pontos fracos, nem sequer escolher uma de entre várias armas que a equipa tem.

Pontos fortes: são tantos!

A qualidade técnica de jogadores como Ibrahimovic, Cavani, Lavezzi, Verratti, Lucas e Pastore, entre outros, é indiscutível. Há ainda dois laterais muito ofensivos, com ordem para subir e dar largura ao ataque, permitindo que Lavezzi e Cavani pisem terrenos com melhor ângulo de remate. Os três avançados são muito móveis, com graus de objetividade diferente, mas fatais em frente à baliza e ainda explosivos. Ibrahimovic tem a capacidade para ser uma ponte segura sobre a pressão do adversário, recebendo bolas longas e gerando um ponto de partida para o ataque bem mais à frente no terreno. O PSG apresenta ainda bons executantes nas bolas paradas, seja na conversão (Motta e Lavezzi, ou Lucas, nos livres indiretos e cantos; Ibrahimovic e Cavani, nos diretos) ou na finalização (Thiago Silva, Marquinhos, Alex, Motta, Cavani e Ibra no jogo áreo). Não esquecer os desequilíbrios provocados pela verticalidade de Matuidi, um médio muito rápido e sempre disponível para chegar na área contrária.

Pontos fracos: a ligação entre setores

A forma como o PSG defende está longe de ser perfeita, embora crie bons focos de pressão sobre as transições dos rivais - por vezes os setores movem-se muito em linha, criando um vazio entre os mesmos, o que pode potenciar contra-ataques adversários ou mesmo o aparecer de momentos de finalização entre os defesas e os médios defensivos, quando a bola surge na sua área. A lesão de Thiago Silva, pela sua influência, mexerá certamente com a organização do setor defensivo, uma vez que Camara estreou-se com o Mónaco, Alex tinha saído da equipa após lesão, e o próprio Marquinhos estava agora a afirmar-se depois de problemas físcos no arranque. Ou seja, a defesa ainda não conseguiu estabilizar.

Principal ameaça: várias, mas sobretudo Ibra

Pela influência que tem no jogo da equipa, e apesar de haver Cavani e Lavezzi, Ibrahimovic continua a ser a grande ameaça aos adversários do Paris Saint-Germain. É verdade que por vezes não tem a mesma intensidade dos companheiros, ou não escolhe o melhor gesto para finalizar, mas a sua versatilidade oferece à equipa vários caminhos possíveis até à área contrária. Para esta primeira mão, e a julgar pelo momento que os parisienses atravessam, controlar Ibra e os seus movimentos é o primeiro passo para controlar praticamente toda a equipa. Provavelmente até ao segundo jogo com o Benfica algo mudará. Cavani pode crescer de influência ou surgir um incidente (uma lesão, uma subida de forma ou a afirmação de um jogador que agora não faça parte do onze) que crie uma nova variável, mas, por enquanto, ele é quem mais assusta.