Ângelo Paupério, CEO da Sonaecom, é mais concreto: «vai haver um momento em que vamos dizer se a PT Multimédia está, ou não está, nos projectos de crescimento da Sonaecom».

A frase, esclarecedora, foi dita pelo presidente da Sonaecom, Ângelo Paupério, ao «Diário Económico»: «A Sonaecom não vai abdicar do seu papel de consolidador de mercado».

Mas o presidente da Sonaecom apressou-se a acrescentar: «Se alguém interpretar esta declaração como uma intenção de comprar a PTM a qualquer preço, não está a perceber».

Ângelo Paupério é claro: «Vai haver um momento em que vamos dizer se a PTM está, ou não está, nos projectos de crescimento da Sonaecom».

Belmiro de Azevedo, hoje em dia chairman da Sonae e que detém mais de 50% da empresa, também falou ao «Diário Económico», à margem do Conselho para a Globalização, para dizer o mesmo que Paupério, o homem que Belmiro escolheu para liderar a Sonaecom. «Ainda falta algum tempo para sabermos que tipo de empresa é que resulta da separação da PT e da PTM. Neste momento é evidente que a nova empresa são primos ou cunhados, ou a junção das duas. É preciso saber primeiro se, no final, ficam gémeos, sobrinhos ou primos. Nunca tivemos vocação para ser número três e havemos de chegar a número um».

Ângelo Paupério, de resto, alinha no discurso: «Há accionistas da PTM que não têm apenas motivações financeiras, e é preciso perceber o que realmente pretendem da companhia». E sublinha: «Manter o objectivo da consolidação não tem nada de mais. Foi o que fizemos ao longo de todo este ano, em que comprámos já quatro negócios».