Carlos Queiroz regressou.

Era previsível.

Se Portugal tivesse assegurado o apuramento, era por causa dele e das sementes que lançou à terra.

Se Portugal falhasse o primeiro objectivo, lá está, seria apenas porque o impediram de seguir em frente. Logo numa altura em que a selecção ia lançada, como nos lembramos.

Com ele, diz, Portugal estaria no Euro.

Até posso admitir que sim. Coisas estranhas e improváveis sucedem todos os dias e essa seria mais uma.

O que Carlos Queiroz não entendeu ainda, e admito que nunca entenderá, é que não se trata de discutir empates, derrotas, até apuramentos. Em discussão esteve, quando saiu, sempre a capacidade para o lugar.

Na altura em que saiu da Federação era evidente para milhares de pessoas que não podia ser ele. Mas, claro, o actual seleccionador do Irão nunca estará de acordo com esta perspectiva. E tem direito à sua opinião, claro.

Lamentavelmente para ele, uma opinião minoritária.

Já agora, talvez seja bom recordar a Carlos Queiroz que na última campanha de apuramento para o Mundial 2010 a selecção portuguesa também teve de disputar um «play-off». Consta que por causa de um «penalty» falhado por Amândio de Carvalho e de um autogolo de Laurentino Dias.

P.S.: Estas declarações de Carlos Queiroz são muito portuguesas. Existe sempre uma desculpa. No caso do ex-seleccionador, diversas desculpas.