Marcelo Rebelo de Sousa condecorou a Federação Portuguesa de Râguebi esta quinta-feira, no decorrer da receção aos lobos no Palácio de Belém, depois da seleção nacional ter regressado do Campeonato do Mundo, que está a decorrer em França, com uma histórica vitória.

Numa receção calorosa em Belém, o presidente da República enalteceu o «otimismo» do presidente da Federação Portuguesa de Râguebi, Carlos Amado da Silva, dirigiu-se ao selecionador Patrice Lagisquet, que acompanhou a cerimónia à distância, em francês, e agradeceu aos lobos por terem reforçado o «orgulho», «amor próprio» e a «autoestima» dos portugueses, sobretudo, os que estão «lá fora» no estrangeiro.

Carlos Amado da Silva foi o primeiro a tomar da palavra para agradecer o apoio do presidente da República, desde a primeira hora. «O senhor Presidente da República foi quem teve a primeira palavra séria, no Algarve, onde começou a grande epopeia, algo histórico. Nós com pouco, fazemos muito. Muitos deixaram os seus empregos para estar connosco, deixaram de ser uma equipa mediana para ser de topo. Que haja noção que estes rapazes precisam do apoio do Senhor Presidente, que tem sido dado, precisamos de coisas materiais, o râguebi já não é como há uns meses atrás. Precisámos de ajuda, material sim, um estádio onde possamos jogar. Sei que é mais um lobo, o primeiro de todos», destacou o presidente da federação.

Tomás Appleton, capitão da seleção, falou depois em nome dos jogadores presentes [estiveram 20, outros 13 ficaram nos respetivos clubes, em França]. «É um orgulho enorme poder representar Portugal nos altos palcos. O presidente pôde ver o que se passou em França. O que nos une é a vontade em representar Portugal. O que nos une é esta bandeira e este país. Queremos deixar os portugueses orgulhosos», destacou o jogador da CDUL.

Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, destacou a ascensão da modalidade nos últimos anos, recordando que muitos jogadores são ainda amadores, e recordou também o percurso dos lobos desde o play-off com os Estados Unidos, passando pela preparação para a fase final, antes de fazer referência a todos os jogos realizados pelos portugueses em França, com natural destaque para a «história vitória» sobre as Fiji na despedida.

«Fui ao balneário [depois do jogo com a Austrália] e disse que ainda faltava o jogo com as Fiji. E ganhámos. Num jogo tão sofrido, que nem quero imaginar o que sofreu o presidente Carlos Amado da Silva. Acho que até chorou. Com emoção. Foi um jogo excecional. Aí o mundo do râguebi parou. Ganhar às Fiji... Vocês são uma grande equipa, com potencial. Agora é não se estragarem. Está lá tudo», referiu ainda, antes de anunciar a atribuição da condecoração à Federação Portuguesa de Râguebi «em nome de todos».