Ramires «Guerreiro» ou «Queniano Azul» são as alcunhas do reforço do Benfica no Cruzeiro. Olhando a estatística da Taça das Confederações, não é só pelo físico que os adeptos da equipa de Belo Horizonte o comparam com os naturais do Quénia, país com reconhecidos fundistas no atletismo. Ramires corre que se farta!
O último jogo do camisola 18 do Brasil foi frente à Itália. Pela segunda vez titular, Ramires actuou 86 minutos. Nesse período, correu mais de 11 quilómetros: 11, 185 para se ser exacto. Ninguém no escrete correu tanto como ele.
Olhando para outras vertentes do jogo, o novo jogador dos encarnados atirou uma bola ao poste, fez 21 passes certos em 32 tentados, embora tenha denotado algum défice quando a distância era maior: falhou os cinco passes longos que tentou, de acordo com a estatística da FIFA, que diz ainda que Ramires fez uma falta sobre os italianos.
Aliás, Ramires parece ser um jogador pouco faltoso. Em três jogos, cometeu três faltas, o que é pouco para quem joga no meio-campo. Sofreu cinco faltas e no total tem uma percentagem de passe de 63,64 por cento. Para além da assistência para Robinho, frente aos EUA, que deu o 2-0 para o Brasil.
Por outro lado, os números aglomerados do médio brasileiro confirmam o facto de ser um jogador de área-a-área, com 25, 547 quilómetros percorridos. Gilberto Silva foi o futebolista que mais correu no Brasil, com 31, 399 quilómetros em três partidas, mas com mais uma hora de jogo (264 minutos, contra 204) que o médio do Benfica.
Nesse capítulo, Ramires é o quinto jogador «canarinho» com maior distância percorrida nos três encontros da Taça das Confederações. À frente estão Felipe Melo (30, 736 kms/270 minutos), Kaká (28, 516/249) e Robinho (26,181/242). Ramires peca na hora de atirar à baliza: só tentou por três vezes e o melhor que conseguiu foi enviar a bola ao poste da baliza de Buffon.