O encontro, que decorrerá da parte da tarde, reúne à mesma mesa, além do anfitrião, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, a chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, que está demissionário, e até o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Gordon Brown vê nesta reunião a oportunidade para discutir formas de travar a crise financeira que ameaça colocar os EUA em recessão e arrastar a economia europeia, nomeadamente levar para a frente as reformas necessárias, nomeadamente em termos de regulação.
A crise do crédito hipotecário de alto risco (subprime) atingiu em cheio o Reino Unido quando o banco Northern Rock anunciou graves problemas de liquidez, o que obrigou o Banco de Inglaterra a injectar capital no mercado. Para acabar com os riscos de ver uma situação destas repetir-se, Gordon Brown defende a criação de uma entidade reguladora supra-nacional, que seja mais forte e rápida a identificar problemas e a actuar na sua resolução. O modelo a seguir é o Fundo Monetário Internacional (FMI), que deveria agir em articulação com outras entidades supranacionais de forma a criar um sistema de alertas no sector financeiro sempre que surgirem ameaças.
A reunião, apesar das boas intenções, está a gerar alguma polémica, já que alguns dos países deixados de fora ~estão contra este encontro de privilegiados.
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