O processo de renovação de Jackson Martinez está «parado». A revelação é feita pelo colombiano, de partida para uns dias de descanso natalício. O vínculo de Jackson ao FC Porto estende-se até 2016 e a cláusula de rescisão está cifrada em 40 milhões de euros.

As negociações para a prorrogação e melhoramento do acordo têm caído por terra, uma e outra vez, o que traz preocupação extra à SAD azul e branca.

O mercado de transferências reabre em janeiro e Jackson fala abertamente sobre a sua situação.
«Para já não sinto necessidade de conversar com o FC Porto. Estou tranquilo, sem negar, nem encerrar qualquer possibilidade, ou negociação que o FC Porto possa ouvir de algum clube interessado», explica o goleador descoberto nas Chiapas mexicanas pelos dragões.

Aos 27 anos, Jackson reconhece ter a expetativa de experimentar um campeonato de maior visibilidade. «Se acontecer, mais do que pensar nas condições económicas, penso em oportunidades que se podem aproveitar», refere o atacante.

Nápoles, Chelsea, ManCity, mais uma mão cheia de supostos interessados. Como é que Jackson gere todo este protagonismo e continua a fazer muitos e bons golos?

«Levo isso como uma motivação suplementar. Não me ponho mais pressão em cima por causa disso», garante o internacional colombiano. «É incomum para mim, mas entendo o trabalho dos jornalistas quanto a esta questão. Mas não posso falar de algo que não existe».

«Tenho contrato com o FC Porto e tenho de respeitar o meu contrato, a menos que o clube decida vender-me».

«Quaresma é um jogador espetacular»

Jackson viveu um período de menor fulgor entre outubro e novembro, com uma série de quatro jogos sem marcar. Em dezembro, porém, o colombiano redimiu-se totalmente. Golos, boas exibições e a mesma influência da época anterior.

«Não levei a mal as críticas», refere Jackson Martinez, reconhecendo ter atravessado uma fase ingrata. «Não estava a marcar tantos golos como na época passada. Mas estava a trabalhar bem. Sinto-me muito melhor agora e tenho ajudado muito mais a equipa».

A partir de janeiro, Jackson terá mais um assistente de luxo pronto a servi-lo: Ricardo Quaresma. O colombiano diz que o Mustang é «um jogador espetacular». «Já o seguia há muito tempo e é um grande reforço», considera, até entusiasmado.

O entusiasmo, de resto, é o mesmo ao falar do triunfo gordo sobre o Olhanense. Os dragões vão «mais motivados» para o duelo de 29 de dezembro, em alvalade, a contar para a Taça da Liga.

«É melhor quando se chega a um clássico depois de uma exibição contundente, ganhando como fizemos contra o Olhanense. Vai ser um jogo importante entre duas das maiores equipas de Portugal», considera Jackson.

«Este Sporting não tem nada a ver com o anterior»

«Este Sporting não tem nada a ver com o da temporada passada, há uma grande diferença. Nota-se que houve um grande trabalho e que o nível do rendimento subiu muito. O Sporting está na liderança e tem demonstrado porquê, jogo após jogo».

É desta maneira, elogiosa, que Jackson fala sobre os leões. O atacante junta os de Alvalade aos tricampeões e ao Benfica na luta pelo título.

«O FC Porto é sempre favorito, essa pressão existe sempre aqui, como no Benfica e no Sporting, apesar de não ter estado bem na época passada. No FC Porto já nos habituamos a ganhar. Os jogadores que vão chegando vão adquirindo esse hábito e essa fome de triunfar», sublinha.

Jackson aponta a inequívoca «subida de rendimento» do Porto e por isso acredita numa segunda volta «bem melhor», rumo ao título. Mais difícil de elogiar é a campanha portista na Champions. Jackson está ainda incomodado pela iluminação.

«Podíamos estar na luta por algo mais nesta altura, mas as coisas não correram como todos desejávamos. A eliminação foi um golpe muito forte, sobretudo porque na última jornada tivemos a oportunidade de passar até porque o resultado do outro jogo se conjugou para tal».

A Champions «fica para trás«, chega a Liga Europa. «É duro ver a forma como fomos afastados contra equipas que estavam ao nosso alcance, mas há que continuar a crescer e fazer uma boa Liga Europa».