* Enviado-especial do Maisfutebol aos Jogos Olímpicos
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MELHOR EM CAMPO: Tomás Podstawski
Ganhou tudo. Pelo ar, pelo chão, carro de combate delicado. Sempre bem posicionado e capaz de ser o farol que guia a equipa. Aos 34 minutos fez um passe soberbo, vertical, a isolar Salvador Agra. Um bom exemplo de que é capaz de jogar para a frente e não só para trás e para os lados, como tantas vezes se diz e escreve. Quando adquirir maior capacidade de choque será um médio defensivo de dimensão muito interessante.  
 
POSITIVO: Bruno Fernandes
Número dez da cabeça aos pés, com tudo o que isso implica e sugere. Possui uma técnica individual fantástica e procura sempre a baliza, às vezes de forma obsessiva. Aos 33 minutos recebeu, ganhou posição com um toque de calcanhar e encheu ao pé. A bola passou por cima da baliza hondurenha, mas a construção de toda a jogada é bem reveladora do encantador talento que mora no corpo deste médio da Udinese.  
 
MENÇÃO HONROSA: Gonçalo Paciência
Dois jogos, dois golos. Saldo irrepreensível para o ponta de lança do FC Porto. Após pontapé de Bruno Fernandes e bola desviada na defesa centro americana, Gonçalo leu bem e antecipou-se a todos, encostando com classe para a baliza de Luís Lopez. Falta-lhe killer instinct? Gonçalo está decidido a provar que não. Coloquem-no num contexto favorável e o avançado elevará todas as supra capacidades que possui: técnica, capacidade física, poder de remate, presença na área.   
 
 
OUTROS DESTAQUES: 
 
Salvador Agra
Tanta ansiedade, Salvador! Velocidade furiosa, pertinácia e, no momento da definição, precipitação atrás de precipitação. O que conquista através da movimentação e perspicácia, perde depois com a falta de serenidade. Acalmem este rapaz, porque o resto ele tem.  
 
Tobias Figueiredo
Belo cabeceamento no segundo golo português, após cruzamento perfeito de Sérgio Oliveira. Movimentou-se nas costas da defesa hondurenha, desapareceu dos radares e surgiu completamente sozinho a definir com qualidade. Não teve um jogo fácil diante dos velozes hondurenhos, mas compensou a diferença de andamento em alguns períodos com uma colocação exemplar. 
 
Pité
Mais 20 minutos para confirmar os excelentes sinais dados contra a Argentina. Quando a bola toca naquele pé esquerdo, o jogo para e pensa. Reflete, não age por impulso. É um pé esquerdo que agarra. A bola e o espetador. Aos 81 minutos levou a bola a passar rente ao poste da baliza de Luís Lopez. Uma opção excelente de Rui Jorge para este torneio olímpico.