A figura: Tarantini

Não terá sido a melhor unidade no terreno de jogo mas o seu golo, num movimento com enorme classe, foi decisivo. Belíssimo cabeceamento após livre cobrado por Ukra, já nos minutos finais do encontro. Está num momento de grande inspiração e de empatia com as balizas contrárias. Quarto golo na Liga!

O momento: imprudência deu à Costa

O Nacional ia levando a água ao seu moinho mas Manuel da Costa deitou tudo a perder. Mediu mal o tempo de entrada, permitiu que Braga aproveitasse a situação e deu asas ao Rio Ave. Castigo máximo convertido por João Tomás, segundo amarelo para o defesa. Meia hora em inferioridade numérica para os visitantes. Imprudente.

Outros destaques:

João Tomás

Começou a época no banco de suplentes, parecendo não fazer parte deste renovado Rio Ave. Progressivamente, provou que a experiência é um posto, apareceu no onze e voltou a marcar. Mais um golo neste domingo, desta vez na conversão de um castigo máximo. Perdeu uma boa oportunidade na primeira parte mas não desperdiçou o penalty conquistado por Braga. Sete golos no espaço de um mês. Bisou na Taça da Liga, fez o mesmo no campeonato e na Taça de Portugal. Aos 37 anos, sempre a marcar.

Ukra

Nem sempre tomou as melhores decisões no último passe, sobretudo ao nível dos cruzamentos. De qualquer forma, num Rio Ave com pouca profundidade nos flancos, pareceu durante largo período um oásis no direito. Ganhou vários duelos com Marçal e foi mantendo o seu flanco bem alimentado. Bateu o livre que resultou no golo de Tarantini.

Jan Oblak

Bom guarda-redes e um dos talentos mais promissores da Liga na sua posição. Defendeu com mérito um castigo máximo. No golo do Nacional, sacudiu para a frente mas o remate de Revson era traiçoeiro. Para seguir com atenção.

Revson

Chegou a Portugal como lateral esquerdo mas apresenta-se agora como médio interior e o resultado não deixa de ser interessante. Boa capacidade física e remate violento a fazer estragos. Abriu caminho para o golo do Nacional, disparando para defesa incompleta de Oblak. Já na etapa complementar e com a equipa reduzida a dez, novo ensaio perigoso, desta vez ligeiramente por cima.

Claudemir

Falhou um castigo máximo, é certo, embora grande parte da responsabilidade deva ser atribuída a Jan Oblak, que fez uma bela defesa. Podia quebrar. Não o fez. Manteve a serenidade que pauta o seu jogo e foi importante na manobra do Nacional. Belíssima visão e sentido de colocação em campo. Mais uma adaptação feliz, de lateral direito a médio interior.