Cristián Rodríguez confessou ter-se desentendido com Vítor Pereira, treinador do F.C. Porto, mas desvalorizou o assunto, comparando-o às pequenas trocas de palavras que tem com os companheiros, no calor do jogo.

«Discuti com o treinador, mas foi como acontece com qualquer companheiro durante um jogo. Não foi uma discussão grave, nem uma luta. Depois disso lesionei-me no ombro e estive dois dias no ginásio. Por isso é que os jornalistas não me viram. Quando voltei a treinar, eram treinos à porta fechada e não me viram outra vez», explicou o extremo portista, numa entrevista ao «El País» do Uruguai.

A discussão entre o uruguaio e o técnico terá acontecido durante o jogo com o Sp. Braga. Rodríguez não acompanhou Paulo Vinicius e o brasileiro assistiu Lima para o segundo golo dos minhotos. Vítor Pereira fez um reparo ao avançado que respondeu.

Quanto ao seu futuro, é ainda uma incógnita, garante. Nesta altura, Cristián Rodríguez não é capaz de dizer se vai deixar o clube em Janeiro, admitindo as duas possibilidades.

«Se vou sair? Não é certo. Tenho contrato até Junho e as coisas não estão tão más como se diz por aí. A imprensa é feroz», afirmou. «Quando estive lesionado, os meus representantes apresentaram ao clube boas propostas, mas continuei aqui. Por isso não é certo que fique nem que vá sair», continuou.

«Chegaram propostas interessantes da Europa»

Motivado por já ter passaporte comunitário, os objectivos de Rodríguez passavam por jogar em «Itália, Espanha ou Inglaterra», mas o futuro pode reservar outro destino: «Chegaram algumas propostas interessantes cá da Europa. Fala-se da Rússia, Turquia, Grécia ou Alemanha.»

Em relação ao interesse do Peñarol, Rodríguez frisa que «não depende» dele. «Pertenço ao F.C.Porto e o clube está no seu direito de querer recuperar alguma coisa do que pagou por mim», frisou.

Peñarol quer Rodríguez, mas F.C. Porto pede muito

Por fim, sobre o seu momento no clube, o uruguaio garantiu que se «mata» nos treinos por «profissionalismo» e para «não desiludir as pessoas». «Os adeptos do F.C. Porto apoiaram-me muito desde que cheguei, porque vim do Benfica e é algo muito forte para eles», afirmou.

«Fui titular nos primeiros jogos, depois comecei a ir para o banco, numa altura em que estive quase a ir para a Rússia. Depois decidi que queria ficar e comecei a não ser convocado. Voltei por uns jogos e agora fiquei de fora outra vez», lamentou, em conclusão.