A Taça da Liga francesa está em constante evolução. A ideia é cativar os clubes grandes. Por isso voltou a mudar de formato. Antigamente as primeiras eliminatórias já só eram disputadas pelas divisões inferiores, esta época introduziu-se ainda mais uma variante: os quatro melhores clubes da liga anterior ficam isentos até aos oitavos-de-final e entram depois como cabeças-de-série, não podendo defrontar-se antes das meias-finais. «É uma alteração para proteger os grandes clubes», diz Rolão Preto.
Para o antigo adjunto de Boloni no Rennes e no Mónaco, a Taça da Liga em França tem apenas o mérito de oferecer uma participação na Taça UEFA. «Por isso é muito bom para as equipas inferiores», frisa. «Para os clubes europeus não é atractivo, sobretudo pelo facto de sobrecarregar o calendário. As alterações agora introduzidas podem ser importantes no sentido de criar competitividade, até para evitar que eles apresentem equipas mais fracas e assim desvalorizem a prova».
«Só com um bom prémio a Taça da Liga atrairá os grandes clubes em Portugal»
Olhando para a experiência francesa com a Taça da Liga, Rolão Preto garante que é uma competição que necessita de estímulos fortes. «Calculo que os clubes grandes em Portugal irão ter muitas dificuldades em aceitar a competição como ela existe em França. É um bocadinho como a Taça de Portugal, que financeiramente é sempre uma despesa, um desastre. Pode dar mais projecção aos clubes pequenos, mas para os clubes grandes não serve para nada». Por isso o treinador vê apenas uma forma de tornar a Taça da Liga atractiva. «Só oferecendo um bom prémio financeiro ao vencedor», garante. «No sentido de ser um estímulo. Em França dá apenas a Taça UEFA, por isso tornou-se mais um peso para os clubes grandes. Em Portugal terá de procurar alguma forma de cativar os clubes grandes».