A incerteza entre a continuidade e saída de Rui Vitória do Benfica dominou o final do mês de novembro, mas o presidente dos encarnados, Luís Filipe Vieira, assumiu o volte-face sobre a iminente cisão entre as partes. O técnico lembrou ter vivido esse período «com muita normalidade» e «identificado» com a situação, destacando o lado racional que processou os acontecimentos.

«Vivi com racionalidade e as decisões acabaram por ser muito mais racionais do que emotivas. A decisão foi conjunta. O mais fácil seria cada um para o seu lado, mas não era isso que me guiava, nem a ele. Estava dentro do processo», recordou Rui Vitória, em declarações ao mais recente episódio do podcast «Conversas à Benfica», lançado esta sexta-feira.

Vitória abordou ainda a utilização do reforço Facundo Ferreyra esta época e as escassas oportunidades recentes para um jogador sonante que chegou à Luz esta temporada. O técnico frisou que as opções no ataque são ricas e que Jonas é «difícil de substituir» quando está bem.

«Não nos podemos esquecer que o Ferreyra tem uma oposição, primeiro do melhor jogador dos últimos quatro anos em Portugal, o Jonas. O Ferreyra teve sete, oito jogos a titular. Depois, o Seferovic entrou muito bem. O Jonas, estando bem, é difícil de substituir. É o Ferreyra estava num pais completamente diferente. Criou-se um envolvimento não muito positivo para ele. Agora, é um jogador de valor, é importante que quando apareça na equipa, apareça para ter sucesso», avaliou o líder do banco encarnado.

O técnico justificou, ainda, a mudança para o sistema tático 4x3x3 na época passada.

«Quando passamos no ano passado para 4x3x3, foi porque entendemos que havia necessidade de reforço maior da zona do meio campo. Houve mudança, que tem a ver com as características e a pensar no futuro do Benfica. Também havia uma parte negativa de resultados e mudámos», explicou.