Sandri assume dificuldades, Lázaro reclama penalty

Lori Sandri e Lázaro Oliveira, treinadores de Marítimo e Estrela da Amadora, respectivamente, analisam o jogo entre as duas equipas, válido para a 18ª jornada e que terminou com triunfo madeirense (1-0):
Lori Sandri:
«Foi um jogo de dificuldades pois enfrentámos um adversário que fez sete jogos sem perder, que se fecha bem atrás, que é uma equipa forte fisicamente. Tivemos oportunidades desde o começo do jogo e maior volume de posse de bola. Depois de marcarmos, sentiu-se uma reacção normal e nós recuámos um pouco, demais até, para podermos sair com rapidez. Fica para nós a certeza que todos os adversários que vem aqui vão criar dificuldades e temos de estar preparados para este tipo de jogo. O adversário, a perder, veio mais para a frente e só tivemos um lance em que o Marcos teve uma boa intervenção. Mas dentro do que nós nos propomos, em termos de resultado, está muito bom.»
«Contra o Leixões também não perceberam as minhas substituições. O Taka estava a pedir para sair e na mesma altura o Baba também se queixou, e estava muito próximo de uma lesão grave, como já aconteceu com o Djalma e outros. Para concertar duas coisas temos que observar muito. E mesmo com essa substituição, perdemos duas boas oportunidades.»
«A contestação faz parte. O Sporting tem, a Selecção tem, o Chelsea tinha. Tenho um trabalho para realizar e foram-me dadas estas contratações e estou a trabalhar com dificuldades, face a lesões. Nós nos primeiros três jogos só fizemos um ponto. Agora, na segunda volta, já somamos seis pontos em três jogos e quem fez mais, fez sete. Então acho que temos uma margem superior até ao ano passado. Hoje temos 29 pontos. Se não sou muito simpático, de muitos sorrisos, o que vou fazer? Estamos a trabalhar e acho que estamos bem demais. Estou feliz com o grupo e vamos caminhar para atingir a meta a que nos propusemos, mas não esperem que vamos jogar bonito sempre. Outras equipas investiram mais e estão atrás de nós. O Marítimo não o fez para pagar a tempo e horas. O Mossoró custava cerca de 700 mil euros. E ele não está aqui. Dentro do que investimos, está a ser feito um trabalho muito bom e à frente de épocas passadas.»
«Chegar á Liga dos Campeões ou à Europa? Pedir é fácil, o problema é o investimento. Um exemplo, você compra um corsinha e quer correr na fórmula um? Falar é fácil. Ou paciência ou dinheiro. Não tem dinheiro então coloque paciência. Disseram que este grupo não era bom. Eles estão provando o contrário. Agora, para futebol de grande classe, ai tem de colocar mais dinheiro. E nestas equipas que estão à nossa frente só tem uma equipa que investiu menos, o Leixões.»
Lázaro Oliveira:
«Não era o resultado que desejávamos, pois vínhamos de uma sequência bem positiva. De qualquer forma o que quero destacar neste jogo é a atitude e a entrega que os meus jogadores tiveram. Tudo fizemos para levar daqui um resultado positivo. Na primeira parte a prestação não foi aquela que estava à espera. Após o golo do Marítimo a equipa melhorou e foi sempre o Estrela que jogou no meio-campo do Marítimo. Foi um jogo de poucas oportunidades de golo e as equipas equipararam-se. O resultado, para mim, é injusto, pois na minha opinião o árbitro tem acção decisiva, pois não assinalou uma grande penalidade sobre o Moreno e que foi visível a toda a gente.»
«Não protegi o Anselmo, mas sim fiz a gestão do grupo pois temos poucos elementos e temos jogo na quarta-feira para a Taça de Portugal. Mais uma vez a resposta dos jogadores é notável apesar de todos os problemas que tem vivido. Esperemos que esses problemas sejam resolvidos»