A questão dos implantes dentários torna-se relevante quando perdemos um ou mais dentes. Nessa situação, o osso que suportava o dente perdido deixa de ter um papel preponderante, levando a uma perda óssea progressiva.

A substituição do dente perdido por um implante poderá ser a solução para que isso não aconteça, favorecendo igualmente e de forma satisfatória as funções básicas de mastigação e oclusão.

O implante dentário não é mais do que a colocação de uma ou mais raízes artificiais na maxila ou mandíbula, com o intuito de repor os dentes em falta.

O material de que são feitos os implantes ¿ titânio ¿ é um metal perfeitamente aceite pelo organismo.

Este processo de reabilitação oral a que chamamos implantologia é realizado por um especialista em implantes, tendo em conta o resultado de exames prévios realizados ao paciente, como raio-X e/ou tomografia computadorizada, que ajudam na avaliação, por exemplo, da quantidade de osso existente ¿ uma vez que é requerida uma altura e uma espessura mínimas para colocação dos implantes ¿, são executados moldes para verificação dos espaços com ausência de dentes, e mesmo análises ao sangue que poderão despistar qualquer problema que contraindique por algum tempo esta técnica.

Ficando apurado que existe osso suficiente para colocação do implante, segue-se a decisão de qual a alternativa terapêutica mais adequada a cada paciente, pesando vantagens, desvantagens, riscos e custos de cada processo.

Neste sentido, destacam-se os seguintes aspetos a considerar:

- Reposição do tecido ósseo perdido, optando pela sua reconstrução extra-oral, intra-oral, banco de tecidos, biomateriais ou engenharia tecidual;

- Instalação de implantes curtos;

- Distração osteogênica (alongamento ósseo controlado);

- Regeneração óssea guiada;

- Implantes zigomáticos.

Existem ainda vários tipos de implantes osteointegráveis:

Implantes convencionais - Este método é realizado em duas etapas. Primeiro, através de uma cirurgia, é colocada dentro do osso a base metálica do implante. Passados cerca de oito dias, são retirados os pontos e aguarda-se entre três a seis meses, para que ocorra o processo de osseointegração. Após esse tempo, passa-se a uma microcirurgia que deixa a descoberto a cabeça do implante ¿ por vezes, essa exposição ocorre naturalmente -, onde será encaixado o pilar que suportará a prótese (coroa do dente). Esta última fase laboratorial tem uma morosidade variável, entre oito dias e dois meses.

Implantes com carga imediata - Neste caso, em situações que o permitam, uma prótese provisória, de resina, é instalada de imediato. Isto permite que o paciente possa mastigar normalmente e adaptar-se até que lhe seja colocada a prótese definitiva, o que ocorrerá passados cerca de seis meses.

Implantes de múltiplos dentes

No caso de se pretender fazer a implantação de vários dentes, pode geralmente diminuir-se o número de raízes a implantar, uma vez que os implantes suportam mais carga mastigatória. Por exemplo, três dentes perdidos podem ser repostos com dois implantes, dando suporte a três coroas dentárias.

Opções para um desdentado total:

Prótese tipo protocolo (fixa) Perante um paciente com perda total de dentes, verifica-se uma situação análoga à acima descrita. Com quatro a seis implantes, substituem-se 12 dentes da mandíbula. No caso dos dentes da maxila, podem instalar-se cerca de oito implantes para suportar esses 12 dentes.

Prótese tipo overdenture (removível) Esta é uma opção menos dispendiosa, no que concerne à implantologia. A prótese tipo overdenture (removível) é suportada pela mucosa e retida nos implantes, conferindo uma melhoria significativa na estabilidade e no conforto da prótese total. Nesta situação, são colocados apenas dois a quatro implantes, que servirão de suporte a uma prótese total removível através de sistemas de encaixe de precisão na base da prótese.