O presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, em declarações à FM Latina de Buenos Aires, falou sobre a situação actual do clube, assim como da continuidade do treinador Schuster. Apesar da derrota frente à Roma, o dirigente apontou que «as coisas não estão a ser mal feitas», mas admitiu que a época não está a ser aquela que idealizou: «Quando iniciamos uma temporada queremos ganhar tudo e, este ano, a realidade é dura, porque há competições que não podemos ganhar.»
Ainda assim, Schuster mantém a confiança de Calderón: «Para ser treinador do Real Madrid há que ter sido um grande jogador, ex-jogador do clube, e ele conhece bem a mentalidade dos grandes jogadores. Aqui gosta-se de futebol ofensivo, de muito toque e posse de bola e é isso que ele está a colocar em prática.». Logo a continuidade do técnico não está em causa: «Vai continuar, sem dúvida alguma. Não depende da Liga, mas do que quer fazer. Nós acreditamos nele.»
Não se prevêem contratações
Calderón apontou que o Real Madrid tem «um plantel muito completo e amplo», lembrando que trocaram «19 jogadores em 16 meses», pelo que «de momento, não existe qualquer intenção de fazer contratações». Isto sem colocar de parte a possibilidade de existir «algum retoque» na equipa.
Quanto à possível venda de Saviola, Calderón deixou a ideia de que é algo sem pernas para andar: «Em princípio não há nenhuma intenção de vendê-lo. É verdade que não joga o que esperávamos, mas são questões tácticas dos treinadores, que têm um plantel amplo. Tem uma concorrência forte, mas este jogador veio a pedido do treinador. Creio que confiava nele e, por isso, penso que continuará connosco na próxima época. Tem grande qualidade. Certamente terá, mais cedo ou mais tarde, a sua oportunidade e saberá aproveitá-la.»
«Raúl é insubstituível»
A ausência de Raúl na Selecção espanhola foi desvalorizada pelo presidente do Real Madrid: «O seleccionador nacional, pelas razões que só ele conhece, decidiu não convocá-lo e há que respeitá-lo. Mas, no Real Madrid, Raúl é insubstituível.»