Ronaldo, Ronaldo, Ronaldo até à exaustão. As perguntas dos jornalistas checos ao selecionador Michal Bilek e a Tomas Rosicky vão quase todas no sentido do avançado português.

O treinador considera, de resto, que é «impossível» parar Ronaldo se o avançado «embalar em corrida». Daí que as conversas com o lateral Gebre Selassie tenham sido «cuidadosas».

«O Selassie tem jogado bem e vai ter um desafio muito interessante. Defender um jogador que fez 50 golos esta época é um teste duríssimo para ele», registou Bilek.

Rosicky tem também uma opinião curiosa. O médio checo jogou várias vezes contra Ronaldo em Inglaterra e lembra-se perfeitamente da acutilância ofensiva e do desinteresse pelas obrigações táticas.

«É um avançado fantástico, mas não gosta de defender. Tem direito a isso. Um atacante que faz os golos que ele faz, não tem de ser obrigado a defender».

Além de Ronaldo, o selecionador Bilek destaca «Nani e Postiga». «São ambos perigosos».

«Há semelhanças encorajadoras com o jogo de 96»

A Rep. Checa melhora a olhos vistos. Goleada no primeiro jogo, mudou a estratégia, tornou-se calculista e fechou o Grupo A no primeiro lugar. O selecionador Bilek assume ter errado na partida diante da Rússia.

«Jogámos demasiado abertos e o adversário penalizou-nos em contra-ataque. Aprendemos bastante com a derrota», considera.

As boas memórias de 1996 foram recuperadas na sala de imprensa do luxuoso Estádio de Varsóvias. Bilek refere, de resto, que há «várias similaridades» entre essa partida e a de quinta-feira neste Euro2012.

«Essa vitória foi excecional para o futebol checo. O chapéu do Poborsky foi fabuloso. Gostávamos de repetir isso. Portugal é novamente favorito. Também perdemos o primeiro jogo em 96. Há semelhanças encorajadoras».

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