Fernando Santos deixou a porta aberta para as estreias de Matheus Nunes e Rafael Leão pela Seleção nacional, este sábado, no Estádio do Algarve, jogo de preparação frente ao Qatar. O selecionador falou na necessidade de gerir o grupo, a pensar no jogo de terça-feira, frente ao Luxemburgo. A estes dois jogadores pode ainda juntar-se Diogo Costa, mas neste caso o selecionador ainda não tomou uma decisão final.

Mesmo em relação a Matheus Nunes e Rafael Leão, o selecionador deu a entender que os dois jogadores deverão entrar no decorrer do jogo. «O jogo é com o Qatar, é particular, mas não é amigável. Quanto à gestão, sabemos que boa parte dos jogadores estão carregados, com muitos jogos nos clubes. Naturalmente haverá alguma gestão e, dentro dessa gestão, o Matheus [Nunes] e o Rafael [Leão] irão ao jogo. Mas só quando a bola começar a correr é que vou perceber que tipo de gestão é que vai ser feita», explicou o selecionador em conferência de imprensa na Cidade do Futebol.

Quanto a Diogo Costa, parece que o selecionador tem mais dúvidas. «O Diogo Costa vou tentar, tenho de pensar ainda sobre o assunto, porque é um lugar mais específico. Nunca farei substituições de guarda-redes a meio da partida, é uma posição que acho que não faz sentido mexer. Ou jogará de princípio ou continuará aqui a crescer, a jogar com dois guarda-redes de muita qualidade em que nós acreditamos muito», comentou.

Quanto a Matheus Nunes, o selecionador fala no processo de integração. «Não chamo jogadores que não tenham qualidade. É um jogador jovem, tem 22 anos, mas está em Portugal desde os doze, tem um longo caminho para evoluir. É importante integrá-los, mais para eles conhecerem o contexto de seleção. Nos clubes treinam todos os dias, mas aqui têm pouco tempo. Não é só ele, o Rafael Leão também trabalhou muito bem. Eles vão ouvindo o que tenho para dizer, são jogadores de futuro da seleção nacional e quando mais depressa forem aprendendo, melhor para todos», destacou.

Rafael Leão já tinha um trajeto nas seleções, mas esta chamada está relacionada com o bom momento que o avançado tem evidenciado no Milan. «É essencialmente o que está a fazer no clube. Já conhecíamos o trajeto dele nas seleções e já há um ano que o andamos a ver com muita atenção. É diferente dos outros avançados, pode fazer duas posições. Já esteve muito perto de entrar na convocatória anterior. Também não era para ser esta, mas acabou por beneficiar das saídas e do Jota não estar a cem por cento. Acho que o Rafael tem muitas condições, melhorou muito em aspetos do jogo que na formação não mostrava tanto. Seguramente que vai ter oportunidade de jogar frente ao Qatar», insistiu.